quinta-feira, 26 de julho de 2007

Guritipau (II)


O nome deste jogo - Guritipau ou goritipau - corresponde a um conceito que também existe noutros jogos de cartas, e que acontece quando se começa uma jogada com um trunfo. Neste caso e, nalguns desses jogos, todos os jogadores são obrigados a jogar trunfo também, a não ser que não disponham de nenhum trunfo. Há casos em que um jogador não é obrigado a jogar trunfo, como no jogo de Bisca de 4/5 cartas. No Guritipau também existem algumas excepções, como por exemplo, nhánha e bóst.
Na foto: bóst (2ª carta mais forte, seja em que circunstância for).
Para mais informações sobre o jogo, sugere-se uma leitura cuidada de algumas regras de guritipau em http://pt.wikipedia.org/wiki/Guritipau.
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sexta-feira, 20 de julho de 2007

Gréga

An Dalera, quem zual sam oif mi ma nha mdjor maigu de inçânfia, Djeia. Son goleca bratadja pa drenpê, má leis ca dupe. El ta çarpê çáfil, sam el ta baca pa met socas dumplicód, doma ta met na dut guinlua.

Çarpem mo el era lafod na Janfan. Na Schanta met tengs ta tantê lafa ots guinluas, ma ca bá pa trenf.

Coisas de crianças…

(Versão livre do autor). Leia mais...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Guritipau

Jogo de cartas, amplamente difundido em Saninclau, sem dúvida um dos jogos mais animados. Caracteriza-se pela existência de muitas regras, o que leva a ser visto como um desafio por uns e como uma coisa a evitar, por outros. Naturalmente que compensa aprender e jogar este jogo. Faz com que outros jogos percam interesse.

Algumas regras têm ligeiras variações nalguns povoados.

Algumas cartas têm valor diferente, consoante forem trunfo ou não. A carta mais forte é nhánha (damas de trunfo). A segunda carta nunca varia. Trata-se do bóst (ás de paus). Quando um jogador tem nhánha e bóst, diz-se casamento.

O jogo tem ainda termos próprios, nomeadamente, roubo, invite (ranciód), midj, cantiga, postura, etc. Eu diria que é um jogo comberçód.

Líbra cára d’nhánha! Leia mais...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Revolução


Não posso dizer que tenha (na altura) percebido o que significava a independência de Cabo Verde. Uma das manifestações de que me lembro, foi por ocasião da inauguração (?) da iluminação eléctrica, com estas palavras de ordem: luze dja cêndê, agóra ê cása d'pov. Se calhar a ideia era colocar electricidade (grátis) em todas as casas (!).
Lembro-me de várias músicas revolucionárias, demonstrando também o empenho dos artistas de então na dinâmica que envolveu (quase) todos os caboverdianos. Participei também em actividades "de massa" (plantação de árvores, etc.).
De recordar igualmente a deslocação das pessoas ao têrrer (ou, se preferirem, pórta d'greja) para assistir à revolução (uma espécie de rádio local, com música revolucionária e intervenção de um locutor com palavras de ordem e outras mensagens). Velhos tempos...

(Na foto pode-se ver o têrrer e a casa utilizada para radiodifusão (?) na altura. Gentilmente cedido por: Maxy)
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Scóla Central



Quem nunca sisti um aula ô runião na skóla central! A propósito de reunião, no crioulo de S. Nicolau, o verbo reunir dizia-se runui.

Fiz parte de um grupo de crianças que estudou na Chãzinha, mas, de tempos a tempos, íamos à Escola Central assistir a alguma aula extraordinária, a um exame, etc.

Foi lá que iniciámos a troca de umas (famosas) cartas de amizade que, veio a saber-se depois, alguns tiveram a pretensão de transformar em autênticas cartas de amor…

(foto gentilmente cedido por: Maxy)
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